O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) divulgou ontem (17) que foi um servidor do TRT-RJ quem movimentou os R$ 282,9 milhões em 2002 (aqui). Não se sabe a origem desse dinheiro. Segundo o presidente do Coaf, esse homem teria sido um ex-doleiro e sócio de uma casa de câmbio antes de ingressar na Justiça do Trabalho. Ainda segundo ele, esse doleiro chegou a ser preso durante uma operação realizada pela Polícia Federal.
Hoje (18), em entrevista coletiva na sede do TRT-RJ, a desembargadora Maria de Lourdes Sallaberry, presidente do tribunal, afirmou não saber quem é o servidor que fez 16 movimentações atípicas em 2002, totalizando R$ 282,9 milhões, segundo o Coaf.
Ela também acusou Wadih Damous, presidente da OAB-Rio, de fazer afirmações "levianas e açodadas” diante da polêmica envolvendo a questão das movimetações atípicas. A desembargadora disse também que não cabe a ela, mas sim ao Ministério Público Federal, perguntar ao Coaf o nome do servidor. Por isso, encaminhou hoje ofício ao Coaf em que pergunta se, quando identificou a movimentação atípica, o órgão informou ao TRT-RJ. Maria de Lourdes enviou ainda ofício ao Ministério Público Federal (MPF-RJ) pedindo que, no caso de ainda não haver investigação sobre o caso, que isso comece imediatamente (aqui).
Wadih Damous, por sua vez, rebateu as críticas e disse que também iria oficiar o MPF-RJ, solicitando a identificação do servidor e informações sobre processo(s) instaurado(s) contra ele: "Se o doleiro chegou a ser preso, como citou o Coaf, é porque ele foi réu em um processo penal. E o processo penal, como regra, é público", afirmou o presidente da OAB-Rio (aqui).
Há várias matérias relatando esses eventos. A mais completa, na minha opinião, está no Diário do Grande ABC (Agência Estado).
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