Pelamordedeus.
Cegueira tem limite.
As conquistas no futebol nada tem
a ver com o desenvolvimento social de um país.
Isso não é opinião, é história.
História.
Em 1958, 1962, 1970 o Brasil era
um país muito mais analfabeto do que hoje, com uma taxa de mortalidade infantil
muito maior do que hoje, uma expectativa de vida muito menor do que hoje, uma
porcentagem de miseráveis infinitamente maior do que hoje.
Tínhamos muito menos
universidades públicas e, mesmo proporcionalmente, muito menos universitários.
Justamente nesse período
(1958-1970) nosso transporte coletivo estava se desfazendo, pelo sucateamento
de bondes e ferrovias, substituídos cada vez mais por ônibus ineficientes.
A migração das regiões pobres
para as grandes cidades estava no auge, assim como a formação de favelas.
Os pobres morriam sem hospitais,
sem vacinas, sem comida. Hoje temos carências, naquela época tínhamos nada.
Conseguimos superar tudo isso com
a alegria das Copas, mas também com as derrotas nas Copas.
Das 10 Copas desde 1970, só
chegamos a três finais. E dessas ganhamos 2, só 2 taças. De 10 Copas.
A conta agora ficou 11 a 2.
Mas nossas condições sociais só
melhoraram. Assim como o IDH, índice Gini e todos os índices.
E vamos continuar melhorando, com
um povo trabalhador e competente que acaba de organizar a Copa das Copas, coisa
de gente grande.
Porque ganhar a Copa, até a
falida Espanha ganhou em 2010.
A Suécia nunca ganhou nenhuma…
*Arnaldo Ferreira Marques é
historiador
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