NAS MÃOS DE DEUS
Em Campinas (a 100 km de São Paulo), a
falta de água começou a atingir os bairros e condomínios mais ricos (como
Alphaville, Swiss Park e Mansões Santo Antônio) na última quinta-feira
(16).
Até o Shopping Galleria, o
queridinho dos campineiros endinheirados, ficou sem água.
Na sexta, a Unicamp foi atingida, com desabastecimento nos
institutos, reitoria, restaurante universitário e moradia estudantil. Só o
Hospital das Clínicas foi poupado.
No centro da cidade, alguns restaurantes e lavanderias já
fecharam as portas, informando que reabrirão quando a situação "voltar ao
normal" (pensamento positivo!).
Os bairros mais pobres e afastados já estão sofrendo com a falta
de água há mais de duas semanas (só deu mesmo até o primeiro turno!). Na
periferia, há locais que estão sem uma gota na torneira há 6 dias.
Para piorar a situação, na última semana, a temperatura
manteve-se elevada, ultrapassando 38ºC em alguns horários, e a umidade do ar
continuou abaixo de 20%.
O rio Atibaia,
responsável pelo abastecimento de 93% da cidade, que tem mais
de 1 milhão de habitantes, está "quase-seco", como vocês
podem ver na foto acima:
água só em laguinhos formados entre as pedras.
Enquanto isso, a SANASA continua negando a implantação de
racionamento (aqui)
e culpando "a baixa vazão dos rios, a má qualidade da água e o aumento de
consumo da população" por conta do calor! (aqui).
Contando com a ajuda (pasmem!) do sistema
Cantareira, que vai fornecer um volume extra de água para
Campinas, o presidente da SANASA, Arly de Lara Romêo, diz que "A situação
é difícil, mas eu acredito que nas próximas horas deve melhorar, se Deus
quiser".
Então, é isso: Está nas mãos de Deus. Bora pegar o terço e
começar a rezar, paulistada!
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