Cordão anti-linchamento dos manifestantes de partidos de esquerda durante ato na Paulista (20/06) |
"O povo unido não precisa de partido!", urravam milhares de manifestantes |
O Movimento Passe Livre não deve
convocar novas manifestações em São Paulo. Depois de organizar sete atos contra
o aumento da passagem na cidade, o grupo resolveu não fazer novos atos depois
de quinta-feira 20.
Em entrevista a rádio CBN nesta
sexta-feira 21, o MPL explicou a decisão. “O MPL não vai convocar novas
manifestações. Houve uma hostilidade com relação a outros partidos por parte de
manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta
contra o aumento e pela revogação”, afirmou Douglas Beloni, militante do grupo.
No último protesto, militantes de
partidos e movimentos sociais foram hostilizados por outros manifestantes. Antes
do ato, o MPL já havia se pronunciado favoravelmente à presença dos partidos.
Douglas falou que o MPL luta por
transporte público, mas apoia os outros movimentos sociais. Ele também disse
que o grupo deve continuar focado na tarefa de pedir a tarifa gratuita de
transporte na cidade.
Na madrugada de quinta-feira para
sexta-feira 21, o movimento divulgou uma nota condenando as hostilidades. Confira
o comunicado na íntegra:
“O Movimento Passe Livre (MPL)
foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa
luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar
não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no
ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a
participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte
verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro
dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo
para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma
defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz
parte e é fruto.
O MPL é um movimento social
apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência
direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma
maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos,
essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar
excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma
vida sem catracas.
MPL-SP[Viomundo]
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