XaD CAMOMILA

6 de fevereiro de 2012

Em SP despejado não pode ocupar nem a calçada!

Cerca de 230 famílias ocupam as calçadas da Avenida São João, quase esquina com a Av. Ipiranga, no centro de São Paulo, após serem despejadas do prédio que ocupavam. Na manhã de ontem (5), a Guarda Civil Metropolitana (CGM) foi ao local e ameaçou as famílias com cassetetes, bombas de efeito moral e gás de pimenta.


Inspetor Queirós da GCM prometeu violência e cumpriu. 
Mas a ocupação continua. 
Feridos foram levados para a Santa Casa.


Por Márcio Ramos

05/02/12 às 12:22

Cerca de 300 guardas civis metropolitanos fecharam o quarteirão da Av. São João e tentaram retirar as famílias sem-teto que estão acampadas na calçada desde quinta-feira (2), quando foram retiradas do prédio da Av. São João, 628. Não respeitaram mulheres e crianças, idosos, gestantes. Gás de pimenta, bombas de efeito moral, cassetetes. Um ataque covarde. Os adultos se posicionaram para defender os mais frágeis e muitos foram feridos. Até o advogado Manoel Del Rio que foi chamado para tentar conter a ação truculenta levou uma série de pancadas que fez o sangue jorrar. Osmar Borges e outros. O saldo pode ser conferido nos prontuários da Santa Casa para onde alguns feridos foram levados. Muitos vidros quebrados no local. Um cenário desolador.

Mas as famílias enfrentaram e a GCM recuou.

Depois da tentativa de reintegração na sexta-feira quando as madeiras foram retiradas a assistente social Jurema esteve na ocupação e prometeu que depois da reunião com seus superiores voltaria para dizer se havia conseguido um local, um galpão para acomodar as famílias. Sua resposta foi aguardada e não veio. Provavelmente o que eles tenham decidido nesta reunião foi a retirada das famílias da calçada na manhã deste domingo, de forma covarde, pegando as famílias desprevenidas.

O saldo da violência pré-apurado: costelas fraturadas pelos cassetetes, uma jovem agredida, crianças e adultos com problemas respiratórios. Depois que voltarem da Santa Casa teremos mais dados.

Poderia ter acontecido o pior. É lamentável ver problema social tratado como caso de polícia e aqueles que estão no papel de autoridades descumprindo ordem judicial que decidiu pelo atendimento das famílias, até sua inclusão em programa de moradia definitiva.

Nesta segunda-feira voltaremos ao Ministério Público para exigir providências contra os responsáveis por esta ação que colou em risco a vida crianças e idosos.

Contatos – Carmen: 9680-7409
Coordenação Geral da FLM Osmar Borges: Tel: 8302-8197 ou 9516-0547
http://www.portalflm.com.br/

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