XaD CAMOMILA

2 de agosto de 2010

BRAVO, Excelência!! BRAVO!!

CLAP! CLAP! CLAP!!!

Juízes e administradores: cada qual no seu cada qual

por Gerivaldo Alves Neiva (Juiz de Direito na Bahia)

"A greve dos servidores do Poder Judiciário paulista vai completar 100 (dias) na próxima quinta-feira (05.08). Isto significa mais de três meses ou um quarto do ano.

Não sei o que se passa em São Paulo e nem tenho o direito de opinar sobre a greve dos servidores daquele Estado, mas não há como não se questionar sobre esse fato. Ora, não é possível que um Poder da República no mais importante Estado da Federação passe por uma situação dessa natureza.

Também não sei o que se passa no Tribunal de Justiça de São Paulo e nem tenho o direito de opinar sobre sua administração, repito, mas fica parecendo que o Poder Judiciário não tem tanta importância assim para o Estado Democrático de Direito, ou seja, tanto faz ter Poder Judiciário funcionando como não ter. É tudo a mesma coisa.

Como tenho dito, ainda bem que o Poder Judiciário não é um empresa (e nem poderia ser), pois já teria falido há muito tempo.

Aliás, penso que exatamente aí reside uma das causas da crise (não só de São Paulo) do Poder Judiciário brasileiro: juízes que pensam (equivocadamente) que são administradores. Na verdade, ele estudou Direito, passou em concurso público para a magistratura, levou anos sendo Juiz no interior, foi promovido e tornou-se Desembargador de um Tribunal, elegeu-se para a Mesa Diretora e daí pensa que sabe administrar um Tribunal, gerenciar pessoal, controlar orçamento e outras tarefas típicas de profissionais de área específica. Isto não é “interdisciplina”,mas usurpação pura e simples de atribuição que não é sua. Em outro extremo, de forma grosseira, é como imaginar que um especialista em Administração Pública tenha competência para integrar um Tribunal de Justiça e julgar recursos.

Consta do folclore “futebolês” que o mestre Didi (se não foi ele, passou a ser), ao defender posições fixas para os jogadores de um time, teria dotado esta máxima que se encaixa perfeitamente no caso: “cada qual no seu cada qual”. Assim, no nosso caso, quem é administrador, administra; quem é juiz, julga. Simples assim!"

3 comentários :

Nilton Cezar disse...

Ivana, bom dia. Por ser leitor do seu blog já há algum tempo, atrevo-me a fazer uma sugestão, em razão da preciosidade dos artigos aqui postados. Coloque um “botão” de compartilhamento para que possamos, de forma rápida, enviá-los às redes sociais.

Um abraço!

CEDM-MT disse...

Oi Ivana!
Desculpe a demora.
Adorei o blog!
Voltarei mais vezes.
Beijos
Tânia

Shuzy disse...

O Fandangos Suicida é tão bobinho, mas tãOo engraçado! Eu tbm adoro*

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