"No local de seu trabalho
Se organize pra lutar
Não aceite desaforo
De quem faz ameaçar
Vencer o medo faz parte
Pra o assédio derrubar"
"O Judiciário Estadual de São Paulo é um dos maiores do mundo, com cerca de 45 000 funcionários e mais de 19 milhões de processos em andamento. A estrutura dele é hierarquizada e verticalizada; suas relações de trabalho são organizadas de modo a favorecer a prática do assédio moral. Neste ambiente conservador o subalternismo é estimulado. Há constante pressão e desmandos, com excesso de normas e regras elaboradas sem a participação dos servidores.
Pode-se dizer que o modelo de gestão do TJSP é anacrônico, ainda que a instituição tenha despendido recursos públicos na contratação de consultoria junto à FGV (Fundação Getúlio Vargas), com a intenção de “modernizar” sua estrutura. Na prática, permanecem as relações autoritárias exercidas pelos superiores hierárquicos. (...)
De modo geral, o assédio moral pressupõe discriminação e não respeito às diferenças, podendo haver manipulação para se chegar ou se manter no poder.
A vítima é hostilizada, ridicularizada e inferiorizada pelo superior, o que pode levá-la a um isolamento causado pelo medo que os colegas, eventualmente, sentem de também sofrer humilhação.
No caso especifico dos trabalhadores do judiciário, esse medo pode estar relacionado aos processos administrativos e outras punições, como transferências compulsórias e até mesmo a exoneração. O próprio modelo de organização e gestão do judiciário favorece esse tipo de prática." [Comando de Base - Assédio Moral no Judiciário Estadual-SP: O quê fazer?]
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